Sabemos da força das palavras. Muitas vezes, porém, nos esquecemos disso. Na noite do último sábado, dia 16 de dezembro, fui testemunha dessa potência. Um poder renovador, capaz de inaugurar novos ciclos, fundar mundos.
Estávamos no Santo Chá, para a apresentação "Contos para Renascer" e tive o privilégio de dividir a palavra com pessoas experientes e talentosas, preciosas em tudo. Estavam comigo na apresentação Carlos Barbosa, Fernando Chagas, Isaac Luiz e minha amada, Pâmela Bastos Machado. Na direção artística, junto com o Fernando, estava a Aline Cântia.
Narramos histórias que nos levaram a outro patamar de vida, um renascimento interior, que procuramos compartilhar com os demais.
Além das pessoas já citadas, também contávamos com as presenças de colegas nos prestigiando, como a Bárbara Amaral, a Alessandra Nogueira, Nadja Calábria e Rodrigo Teixeira.
Contamos, declamamos poesia e também cantamos. Abrindo a apresentação, fizemos um cortejo ao som de "Ô lá vem vindo..." Pâmela distribuiu sementes entre as mesas.
Carlos recitou um belíssimo poema do Thiago de Mello. Fernando cantava "Quem sabe isso quer dizer amor". Isaac narrou a lenda do Peixe Boi. Pâmela, "A pequena vendedora de fósforos". Lemos, juntos, "Os Estatutos do Homem". Carlos então narrou um lindo trecho do livro "O Dom da História: uma fábula sobre o que é suficiente", de Clarissa Pinkola Estés. Por fim, contei a lenda da mandioca, história que aprendi com o mestre Joca Monteiro.
Aline tomou a palavra e, com voz embargada, falou da importância dessas histórias e da necessidade de lutarmos contra o cenário atual, em que nosso país retorna para o mapa da fome. A emoção não deixou que ela continuasse. Aline olhou para nós, entre lágrimas.
Então, num arroubo de ousadia, falei algumas palavras inflamadas e gritei um "#ForaTemer!"
Confesso que foi um momento muito especial para mim. Sinto-me renascido. Amparado para força desse maravilhoso grupo, vejo-me como planta e também semente. Planta, por estar entre tantos galhos nós e seiva de histórias. Semente, porque sinto-me imbuído da potência das palavras, que me lançam a um horizonte que, espero, seja sempre melhor.
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