Hoje é dia da poesia nacional. Sei, poesia está entranhada em nossa cultura, fazemos poema até com piada. Mesmo assim, acho bacana lembrar disso com uma data comemorativa. Acho que de vez em quando ajuda a gente a parar e olhar pro lado.
Compartilho então dois poemas nascidos ontem, fruto do cansaço, da pressão interna e da angústia nossa de cada dia.
Asceta
A tristeza faz sua volta
coça meu nariz mais uma vez
é o espírito
o sopro tênue
a chama
que logo cessará
centelha exangue
lânguida
esmaecida
carente de qualquer sentido
conto os instantes
de minha própria morte
exilado de qualquer anseio
estilhaço-me
e depois
esqueço.
Insônia
A pele alva
exala um cheiro de
nostalgia encapsulada
animal,
minto para o tempo
nego o desejo
Tendo meu eu como único inimigo,
mordo minha própria bochecha
e sorvo meu sangue
embriagado pelo nada
Blog do escritor e contador de histórias Samuel Medina. Aqui você encontrará resenhas de livros, contos, crônicas, relatos de experiência e poemas. Além de informações sobre meus livros.
Que tenso a poesia da insonia eu sofro dela mas não chego a tanto rsrs, esses poemas são mais tristes
ResponderExcluirbjos
Nossa lindo,muito mesmo.Amo poesias e poemas.Amei a primeira,é de sua autoria?
ResponderExcluirSempre que puder passo aqui ^^
Abração!
Tamires C.
http://de-tudo-e-um-pouco.blogspot.com.br/
Além de blogueiro também escreve poesias, este é um dom que poucos tem. Enquanto alguns escrevem sobre amor você tem um toque mais sombrio.
ResponderExcluirtanaminhaestante.blogspot.com