Estou indo a reboque de meus amigos, Rodrigo Teixeira e Dora Delano. E sinceramente não vou conseguir alcançá-los em sensibilidade que expressaram em seus textos. Sensibilidade? Puxa, acho que estou sendo injusto. Afinal, a palavra sensibilidade aqui traduz muito pouco o que eu encontrei em seus textos.
Bem, conheço o Teixeira há uns três anos e a Dora há quase o mesmo tempo. A diferença é que com o Teixeira sempre houve o contato, a palavra para além do virtual. Nossa convivência no trabalho e a sintonia de nossas ideias transformou-nos em irmãos lobos. Já Simone Teodoro conheço há mais de 10 anos. Compartilhamos histórias, vizinhanças e até mesmo loucos...
Pois certo dia, Teixeira se aproxima e comenta com alegria contida que havia conquistado uma leitura, uma pessoa que lia o mesmo blog que ele e que de repente começou a visitar o Bom Dia, Mundo Cruel! Como também sou leitor do blog, passei a prestar atenção nos comentários por vezes irônicos, mordazes e com um toque de humor.
Decidi fazer uma visita a essa moradora de Burkina Faso, a misteriosa Dora Delano. Sem perceber, estava capturado pelos textos que dosavam uma certa pungência com toques de otimismo e grandes doses de entrega. E também foi sem percebi que a descobri leitora deste blog.
O processo foi lento mas muito tranquilo e compensador. Quando percebemos, éramos amigos de Facebook, trocando impressões, experiências e confidências. Descobri que Dora estava mais perto do que imaginava, além de ser minha conterrânea. Na primeira oportunidade de viajar ao Rio, comuniquei-a e combinamos que haveríamos de nos encontrar de qualquer jeito.
Era Carnaval. Ana Luiza estava comigo e foi num mágico passeio na lapa que descobri que Dora era muito mais que uma voz ou fotos sorridentes no Facebook. Era uma pessoa que esbanjava alegria, que pulava de cabeça no espírito do carnaval. Eu e Ana Luiza fomos contagiados pela energia e sambamos muito em um show na Lapa.
Muito tempo passou até que soubesse do desejo de Dora conhecer Belo Horizonte. Ela viria com o namorado, o Pedro, alguém que de certa forma mudou a cara do blog da Dora, algo como uma Ventura Amorosa.
Foi assim que, há dois sábados atrás, fui visitado pelos dois na Biblioteca Infantil e Juvenil, quando eu lia para um garotinho. Os dois não imaginam como fiquei feliz quando percebi que eles puderam testemunhar a parte que mais amo em tudo o que faço. Eles ainda ficaram um bom tempo na Biblioteca, conversando comigo e com a Simone, conhecendo um pouco mais uns aos outros, (re)descobrindo afinidades de ideias.
Combinamos de nos encontrar no Café Viena, um delicioso bar aqui de Belo Horizonte. E que encontro! Como o Teixeira deixou claro, os filhotes de lobo, encantados com esses dois incríveis cariocas, estavam alegres, expansivos.
Infelizmente, a noite foi curta. A vontade era grande de continuarmos indefinidamente trocando palavras e sorrisos, compartilhando momentos insólitos e engraçados.A despedida foi necessária, mas não definitiva. Dora imagina que talvez, por conta da distância, talvez não nos encontremos mais. Contudo, acredito que nisso ela se engana.
Ah, Vivian e Pedro, podem aguardar, que vocês não escapam assim tão facilmente!
Nerito, meu amigo Nerito!
ResponderExcluirLinda a sua versão. Estamos todos à reboque da Dora em relação a esse texto. E falta pegar no pé da Simone pra parte dela sair!
que delícia de texto e de registro! Aguardo vocês para aquele mergulho no mar carioca!
ResponderExcluirObrigado, amigos! Delícia foi estarmos todos juntos naquela noite tão bacana! Temo que repetir! ^_^
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