Noventa e três,
tempo de sonhos
Nascem mazelas no lugar
A poeira da rua unta nossos pés
enquanto o caminho, interrompido
corta pela metade qualquer desejo
Éramos muitos,
poucos olhavam
Era tudo quase fraterno
Veneno (Marco Antônio) fala digavar
Adão como toda a pasta de dente
Cuei acha a minha camisa folgada demais pra ele
Tobinha acerta uma pedra na nuca de Meio-quilo
E o Manchinha, sempre tão afobado
queria apenas uma namorada
Éramos muitos
poucos os sonhos
"Não é permitido"
sussurravam as pedras
A cada dobra de esquina
Nenhum comentário:
Postar um comentário