Solidão profunda
me inunda.
Arregaça o peito.
Não me aceito.
É a minha sorte
de ser forte.
Perdedor, contudo,
pobre e mudo.
Sigo o meu caminho.
Vou sozinho.
E me endureço.
Pago o preço
de ser diferente.
Sigo em frente
sem chegar, porém.
Sou ninguém.
Olho à minha volta.
O medo volta.
E engulo em seco.
Eu me perco
no vazio triste
que persiste
e que todavia
me alivia.
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