Enfim, começamos. Primeira postagem do ano. Pensei que faria, antes disso, uma espécie de retrospectiva, analisando tudo o que fiz, apontando os frutos colhidos, as oportunidades aproveitadas, as leituras feitas. Talvez eu o faça nas próximas semanas.
Tenho a prática de manter um diário para cada ano, as vezes até mais de um. Trata-se de um caderno de anotações, um sketchbook ou uma agenda. Não se trata apenas de manter um registro de meu quotidiano. Tento inclusive não fazer isso. Procuro na verdade manter um constante exercício de escrita. Quando percebo que estou muito focado no mero registro, dou uma parada, tento compor um poema, fazer um desenho. Ou até mesmo deixo de escrever por uma semana. Então consigo perder um pouquinho do tom burocrático.
O exercício de escrever quase todo dia é muito bom, mas ao mesmo tempo sinto que o uso como uma espécie de fuga da literatura. Afinal, enquanto eu poderia me dedicar à continuação de O Medalhão e a Adaga, dou a desculpa de que estou escrevendo, que estou treinando, e deixo de criar, de fazer minha literatura.
Aproveitei que estava passando uns dias com minha família e decidi ler minhas anotações sobre 2014. Cheguei à metade do primeiro caderno. Constatei que deveria ter começado essa leitura mais cedo. Talvez não teria repetido tantas vezes os mesmos erros. Talvez teria escrito até mais. Só que literatura dessa vez.
Além da consulta ao diário, também passei o olho na lista de livros lidos em 2014. Li muitos livros, principalmente infantis. Constatei, porém, que poderia ter lido mais. Este é o grande objetivo de 2015: ler muito. Estou montando um planejamento de leitura e espero alcançá-lo. E quem acompanhar este blog poderá também acompanhar a evolução desse projeto.
E por falar no blog, tenho o objetivo de deixá-lo mais atualizado e dinâmico. Comecei agora a experiência do canal no Youtube e continuarei a explorá-lo, principalmente nos exercícios de leitura.
Tenho ponderado, porém, no propósito deste blog. Já falei disso aqui várias vezes, sobre minha principal motivação. Tenho me perguntado se as pessoas de fato têm lido este espaço. Há tempos não recebo um comentário, seja positivo ou negativo. Isso é um indício, para mim, de que poucos ou nenhum leitor estão acessando este espaço.
Em uma entrevista à Revista Literatura, o escritor Mário Sérgio Cortella recomenda ao autor iniciante que busque junto aos amigos a divulgação de seus escritos, de forma a capturar assim o nível de relevância. Bem, ao que parece, pouca relevância têm meus escritos por conta do pouco retorno que recebo. Como mudar isso? Bem, ainda não descobri e estou aberto a sugestões.
E desta forma adentro o último ponto deste post. Quero que minha literatura seja relevante. Quero ser alguém que vá além de frases de efeitos e lugares-comuns. Tenho algumas ideias quanto a isso, mas preciso muito amadurecê-las. Talvez seja este o maior problema: amadurecimento. Meu grande desafio.
Acho que as pessoas estão lendo, sim. Só que as vezes não têm tempo de comentar, o que deve ser feito de forma reflexiva porque... Bem, a palavra escrita tem um peso maior do que a falada. Recebo os avisos dos seus posts no meu e-mail e sempre dou uma passadinha aqui e leio, mas raramente comento porque não quero escrever irrelevâncias ou bobagens. Não feche este espaço legal, porque aqui é mais fácil ficar sabendo das novidades do que no FB.
ResponderExcluirOi, Luciana, valeu pelo comentário! Rs... Foi reconfortante, de certa maneira. Sabe, fico me perguntando se meu texto não instiga o leitor a comentar. E acho que nenhum de seus comentários seria irrelevante, ok? rs
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