O primeiro que encontrei foi o Adriano, mais conhecido como Manchinha. Esse menino era um terror. A primeira vítima foi meu irmão. Assaltado e agredido.
Tomando as dores dele, fiz questão de um dia, passando de bicicleta, ameaçar que pegaria o menino. Não sabia que ele tinha vários colegas por perto. Bastou um assobio para que eu fosse cercado. Tive que suplicar para ser solto, sem contudo deixar de levar uma pedrada nas costas.
Morávamos no pé da favela do Boiadeiro, em Teófilo Otoni. Como o Manchinha e sua turma também era dessa favela, passamos pro maus bocados para não nos encontrarmos com ele.
Depois de altos e baixos, passamos a morar em um bairro distante chamado São Jacinto. Minha mãe, que já havia ensaiado a política de "levar para casa", começou a atuar efetivamente acolhendo as crianças "infratoras" da cidade.
Aquele mesmo menino, o Adriano, o Manchinha, dividiu conosco o pão e o café com leite. Não apenas ele, mas alguns dos seus irmãos, como o Adão, o Tobinha e o Marco Antônio. Este chegou a morar conosco por um tempo.
Sei que o Adriano está morto. Não chegou aos dezoito anos. Dos demais não tenho notícias. Por conta da saúde de minha mãe, deixamos Teófilo Otoni e os programas sociais. E até hoje, quando alguém na televisão faz esse comentário babaca sobre levar um criminoso para casa, não respondo. Essas pessoas não fazem ideia do que estão falando.
Morávamos no pé da favela do Boiadeiro, em Teófilo Otoni. Como o Manchinha e sua turma também era dessa favela, passamos pro maus bocados para não nos encontrarmos com ele.
Depois de altos e baixos, passamos a morar em um bairro distante chamado São Jacinto. Minha mãe, que já havia ensaiado a política de "levar para casa", começou a atuar efetivamente acolhendo as crianças "infratoras" da cidade.
Aquele mesmo menino, o Adriano, o Manchinha, dividiu conosco o pão e o café com leite. Não apenas ele, mas alguns dos seus irmãos, como o Adão, o Tobinha e o Marco Antônio. Este chegou a morar conosco por um tempo.
Sei que o Adriano está morto. Não chegou aos dezoito anos. Dos demais não tenho notícias. Por conta da saúde de minha mãe, deixamos Teófilo Otoni e os programas sociais. E até hoje, quando alguém na televisão faz esse comentário babaca sobre levar um criminoso para casa, não respondo. Essas pessoas não fazem ideia do que estão falando.
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