Fiquei aturdido com a quantidade de pessoas denunciando bloqueios e textos excluídos no Facebook. Muita gente, tanto quem apoia ou se solidariza em relação aos professores do Paraná quanto quem critica o movimento.
Isso me deixa preocupado, pois penso que uma mídia social deveria atuar como uma terceira via, permitir o debate a a circulação de ideias. Lógico que não estou falando da veiculação de discursos de ódio e intolerância.
Agora, o que senti ao ver fotos, vídeos e relatos com o que aconteceu no Paraná, o que senti foi HORROR. Ficou claro o uso da força das instituições, dos três poderes, para coibir e massacrar uma manifestação. E para piorar, os massacrados são justamente professores lutando contra o assalto à sua aposentadoria.
Entrei em claro este primeiro de maio. Tive uma das minhas febres de consciência. Devorei uma penca de textos sobre intolerância. Sobre pessoas que sofrem diretamente o discurso de ódio, em especial por criticá-lo.
E assim, fiquei cansado. Parecia que tinha tomado uma surra. Pois um pouco da minha ingenuidade e do meu idealismo continua se assustando com pessoas que defendem o uso da força e sustentam ideias que beiram o surreal.
Bem, enquanto nossa quitina não fica exposta, continuaremos fingindo sermos feitos de carne, sangrando nossos medos, nossos ódios, lutando contra o peso da bota que nos esmaga. Enquanto parte de nós faz o papel de peso dessa mesma bota.
#somostodosprofessores
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