Foto: Pâmela Machado |
Ele é muito, muito preto. Seus olhos âmbar como que suplicam carinho e atenção. Passo as mãos no pelo meio sedoso e meio áspero dele e meu coração sente uma pontada. Não posso levá-lo comigo, embora sinta como se ele já fosse meu.
Pretinho, meu pretinho. Um pedaço de noite, ou de lua nova, que caiu. E agora está diante de mim, querendo mais que atenção.
Tomo o delicado corpinho dele em meus braços e deixo que seu focinho úmido toque minha testa. Assim, nos comunicamos numa troca sinestésica, que começa com olhares e distância. E sei que, para minha tristeza, é na distância que terminará.
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