Já me perguntaram várias vezes por que conto histórias. Nessas ocasiões, fico meio sem saber o que responder. Afinal, é fácil dar uma resposta de amor? Creio que conto por vários motivos e talvez o principal deles seja o desejo de ser outro através das histórias. E sendo outro, posso assim me encontrar. Conto para me ligar ao outro, para sentir suas dores, alegrias, para ouvir suas vozes, para sonhar seus sonhos. As histórias são maneiras incríveis de sonhar acordado e, principalmente, sonhar junto.
Assim, vou caminhando. E a cada passo, busco rechear os dias com palavras de encantamento. Algumas, um pouco soltas, ao passo que outras se mesclam em frases que se lançam a inaugurar outros sentidos. Nesse caminho, sigo contando. Conto meus passos; conto meus tropeços, também.
Quero contar histórias sempre, todo dia. Quero viver cada história. Quero amá-las. Quero amar as pessoas através dessas narrativas. E quero sonhá-las. Como disse a mãe do Miguilim, ser um fiozinho caído do cabelo de Deus.
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