As trombetas dos arautos da Companhia iniciaram uma seqüência de toques, tentando comunicar-se com os seus aliados. O exército de Dhar respondia com os toques de suas imponentes trombetas de prata, enquanto suas bandeiras davam repetidas voltas, em sinais combinados. Lucan conhecia aqueles sinais, mas ficara no pé da árvore.
– Os mortos estão em desvantagem – comentou Thin, com seu olhar aguçado.
– Isso é óbvio. – replicou Seridath, ríspido – Se o exército da Companhia for sacrificado, a vitória será garantida, já que o inimigo terá que lutar em duas frentes.
– Pelo que ouvi de Berak, o chefão que vocês mataram, – continuou dizendo Thin, com indolência – esse exército vem de Quirite-mon. Mas correm boatos de que há muito mais. Outro exército bem maior desses fedorentos partiu direto para o sul, para as planícies drenadas do reino de Marzan.
– A sombra se estende com rapidez. – replicou Aldreth entre um ar sombrio e infantil – O que faremos mestre?
– Nada por enquanto. – respondeu Seridath.
O rapaz via-se em difícil situação. Era evidente que Lorguth continuaria a contrariá-lo se ele não entrasse nessa batalha. O exército inimigo mantinha sua marcha constante e logo alcançaria os portões de Arnoll. Mas Seridath não deu ordem nenhuma aos seus homens. Por enquanto, estaria lá, observando. O exército de Dhar e a Companhia responderam à mobilização inimiga assumindo suas formações ofensivas. A batalha já era uma realidade.
Continua...
Texto muito bem escrito que me deliciou ler.
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Um dia feliz … abraço
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Pensamentos e Devaneios Poéticos
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Generosas palavras, meu caro!
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