Bruna e Sophia são crianças que por cerca de dois anos visitaram a Biblioteca Pública Infantil e Juvenil de Belo Horizonte, onde trabalhei. Levadas por suas mães aos sábados, em geral mensalmente, essas meninas faziam questão que eu acompanhasse suas escolhas e que lesse para elas.
Durante esse período, fizemos várias descobertas de bons livros. Alguns eu oferecia para ler, mas elas logo rejeitavam. Outros, pediam para que eu interrompesse a leitura pela metade. Havia aqueles, porém, que as encantavam a ponto de pedirem que fossem lidos novamente.
Tanto a mãe de Sophia quanto a de Bruna são leitoras. Elas trocavam comigo suas experiências de leitura, o que tornava mais rica a mediação com as crianças. Além disso, ambas levavam muitos livros para casa, depois de longa exploração do acervo.
Sophia costumava exigir total dedicação. Já Bruna aceitava dividir minha atenção com outras crianças. Havia momentos em que elas participavam de oficinas literárias ou narrações de histórias. Contudo, a maior parte de nossas interações acontecia em leituras que eu fazia para elas, a partir de livros que escolhiam entre os exemplares disponíveis no acervo.
Foi fundamental o compromisso que as mães de Bruna e Sophia assumiram com a leitura e com a visitação à biblioteca. Mais ainda, elas deram às filhas, na mais tenra idade, o direito de escolher suas leituras. Esse protagonismo foi assumido pelas crianças com muita propriedade e consciência.
Existem muitas outras crianças, bem como suas mães e seus pais, que dão vida aos sábados da Biblioteca Pública Infantil e Juvenil. Assim como há inúmeras crianças e suas famílias que frequentam as 22 bibliotecas culturais de Belo Horizonte e tantas outras bibliotecas, espalhadas pelo país. Porém, decidi registrar aqui essas experiências com as duas meninas e suas mães pelo exemplo que elas são, de afetividade, de compromisso, de busca pelo prazer da literatura e pela silenciosa mensagem de que a Biblioteca é um lugar de muitos encontros.
Nossa, amor. Que lindo! Experiências tão profundas e únicas! É nítido em suas palavras o quanto você ama a Biblioteca e seu trabalho com leitura e leitores.me orgulho tanto de você. E me inspiro em você!
ResponderExcluirE eu também me inspiro em você, meu amor, minha parceira, minha companheira! Te amo!
ExcluirOportunidade de escolhas!!Sempre foi assim. Tá, não frequento bibliotecas há anos, mas ainda sinto falta. Mas hoje em dia, a facilidade de se ter livros em casa, ficou maior(felizmente)
ResponderExcluirMas nenhum cheiro de livro novo conseguirá chegar perto do cheiro que tem um livro de biblioteca.
Eu sempre amei muito tudo aqui e me lembro de uma briga ferrenha quando a quantidade de livros "emprestados" semanalmente era de 08 livros e caiu para somente 02. Oh, eu briguei..rs
Tanto que isso durou umas duas semanas e logo voltou ao normal.
Há que se ter tecnologia, mas há de se ter mais e mais mães, pais..e crianças dentro desse universo mágico!
Beijo
Angela
Concordo plenamente! Livros para todas as pessoas!
ExcluirBeijo.
Tenho muito orgulho do seu trabalho, meu amigo.
ResponderExcluirA recíproca é verdadeira. Lembro da sua apresentação no ConVerso, lá na Usina. Foi puro encantamento! E em Miguel Burnier? Sou seu fã! Beijo!
ExcluirOi eu sou a Bruna gostei muito do que você fez Samuel me agradei 😌😚😘😙
ResponderExcluirOi, Bruna! Que bom! Espero que logo você e sua mãe possam voltar a visitar a biblioteca.
ExcluirÉ claro que eu volto para a bliblioteca eu amo lá 📚📖 bye bye
ExcluirOlá Samuel,
ResponderExcluirEsses são exemplos que devem ser seguidos e aplaudidos, eu me apaixonei por livros na biblioteca da escola que estudei e sempre me recordo desses momentos.
Abraço.
https://devoradordeletras.blogspot.com/
Olá, devorador de letras!
ExcluirÉ sempre bom saber de pessoas que se apaixonaram por livros a partir de bibliotecas. É um incentivo para continuarmos lutando pelo direito à leitura e ao livro para todo mundo.
Abraço!